Os três Erres...Veja!

Um estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2000 sobre a produção de lixo no Brasil demonstrou que descartamos, diariamente, 228,4mil toneladas de lixo. Destaca-se a produção de lixo doméstico, equivalente a 125mil toneladas, ou seja, praticamente metade do lixo produzido somos nós, em nossas residências, que produzimos.
O grande problema do descarte de materiais é que apenas 2% é feito por coleta seletiva ou, falando em números, 4.300 toneladas, somando os lixos doméstico e industrial. 50mil toneladas do material descartado são despejadas sem quaisquer tratamentos ou seleção, sendo armazenado (se é que podemos classificar assim) em lixões a céu aberto. O grande problema dessa forma de acúmulo de lixo é que representa um grande risco à nossa saúde e ao meio ambiente. Como?
No que diz respeito à nossa saúde, podemos citar a proliferação de agentes de promoção de doenças. Resumindo, aumento de ratos, pombos, baratas e outros animais que se aproveitam do acúmulo de lixo, principalmente restos de comida. Esses animais, ao entrarem em contato com o lixo, podem vir para as grandes cidades transmitindo, por exemplo, bactérias e outros microorganismos prejudiciais à nossa saúde.
Já ao abordarmos o meio ambiente como o prejudicado nessa história toda, podemos citar a contaminação dos tão famosos “lençóis freáticos”. Isso nada mais é do que a contaminação da água que fica abaixo do solo em que habitamos. Mas como ocorre a contaminação?
Ocorre pela produção daquele líquido mal-cheiroso e escuro proveniente do lixo, o tal do “chorume” (menos conhecido por líquido percolado). Agora, imagine você, caro leitor, do que é feito esse “líquido percolado”? Pense no lixo de sua casa, na quantidade de objetos, alimentos e materiais que possam formar esse chorume. Pois bem, agora visualize em sua mente o líquido contaminando a água que utilizamos para beber, lavar nossas roupas, e etc.
Sem falar, ou melhor, escrever, no mau cheiro que os lixões nos oferecem.
Diante desse cenário, digamos… fétido, podemos nos perguntar… Há como eliminarmos os lixões? Há como pelo menos reduzir esses riscos?
No caso dos lixões dificilmente iremos aniquilá-los de nossa vida. Porque há materiais que não têm como reaproveitarmos e reciclarmos. Porém, temos uma saída para reduzirmos a quantidade de lixo que é destinado aos lixões.
Segundo os ambientalistas, há a tal da “Regra dos Três Erres” – reduzir, reutilizar e reciclar.
Será que precisamos de uma nova televisão de LCD Ultra-Mega-Blaster tecnológica todo ano?
Será que podemos reutilizar, por exemplo, aquela folha de papel sulfite que não saiu impressa do jeito que queríamos e, ao invés de jogar no lixo, podemos reutilizá-la como, digamos, rascunho para uma carta de amor, rascunho para uma redação do colégio ou até mesmo para desenhar alguma coisa e darmos de presente para alguém?
Será que podemos, com essa mesma folha de rascunho, separá-la para reciclagem, após o seu uso?
Pois bem, podemos sim! A seguir segue uma lista de materiais que podemos reciclar. Reaproveitar: aí cabe a sua criatividade de fazer o que quiser com os materiais que sobram em nossa casa. E reduzir: não precisamos nos atualizar com novos produtos tecnológicos a cada comercial que vemos na propaganda da novela das 8.
 
Fonte: Instituto Akatu
Com os lixos ditos orgânicos, que são os alimentos que consumimos, podemos dar outro fim a eles. Com o resto de cascas de frutas, legumes e outros, faça uma composteira. Para maiores informações, veja nossa aula prática de como fazer uma composteira.
A seguir fornecemos dicas de como descartar objetos mais específicos que jogamos no lixo.
Pilhas e Baterias: Classificadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas e técnicas) esses materiais, dependendo de sua composição, podem ou não ser descartadas em lixo comum, por exemplo:
- Podem ser descartadas em lixo comum: As chamadas pilhas secas do tipo zinco-manganês ou alcalina-manganês, que encontramos em aparelhos como máquinas fotográficas, rádios, brinquedos; e as pilhas e baterias portáteis tipo lithium, lithium ion, zinco-ar, niquel metal, hidreto, pilhas e baterias botão ou miniatura, encontradas em jogos, brinquedos, ferramentas elétricas portáteis, informática, lanternas, equipamentos fotográficos, rádios, aparelhos de som, relógios, agendas eletrônicas, barbeadores, instrumentos de medição, de aferição e equipamentos médicos.
- Não podem ser descartadas em lixo comum: As que contêm níquel cádmio como componentes de baterias e pilhas utilizadas em celulares, telefones sem fio e outros aparelhos com sistemas recarregáveis; baterias de chumbo ácido, usadas em algumas filmadoras de modelo antigo e em veículos; e pilhas de óxido de mercúrio, usadas em instrumentos de navegação e aparelhos de instrumentação e controle.
Lâmpadas Fluorescentes: Vilãs e mocinhas, elas fazem parte de nossa vida cotidianamente. Mocinhas pelo fato de serem muito econômicas no consumo de energia elétrica, mas são vilãs por serem constituídas de metais pesados como mercúrio, por isso devem ser descartadas dentro de sua embalagem original, a fim de evitar quebra e liberação deste metal. Para tanto, separe a sua lâmpada fluorescente dos demais lixos e encaminhe-a para um local específico de descarte.
Os Óleos de Cozinha: podem ser levados a alguns locais que reutilizam para fabricação de sabão entre outros. Alguns supermercados são postos de coleta desse material. Mas você pode fazer seu próprio sabão. Olhe em nossa aula prática como fazer o seu sabão, a partir desse óleo.
Os Medicamentos: Com a resolução da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nº 358, datada de 29 de abril de 2005, farmácias (inclusive de manipulação) e drogarias são obrigadas a receber medicamentos vencidos. Já nos Centros de Saúde, como os postos da AMA, de saúde etc. você pode entregar aqueles remédios que você não utiliza mais, mas que podem ser ainda aproveitados

Nenhum comentário:

Postar um comentário